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Médica psiquiatra explica como as redes sociais afetam os jovens

Publicada em: 24/03/2024 12:19 - Saúde

 

 

A Internet é um recurso de grande importância na atualidade que remodelou ações, comportamentos e o estilo de vida da sociedade. Porém, a relação entre redes sociais e saúde mental exige mais atenção e cuidado, pois pode elevar o risco de depressão e suicídio em jovens.

Diante deste cenário preocupante que atinge a população,o Bahia News,foi em busca de informações com a Drª Laura Régia Cordeiro,Pediatra, Pós-graduada em Psiquiatria Clinica  e Terapia Cognitivo Comportamental,Mestranda em Saúde da Família e  Professora  do curso  de Medicina da Universidade Federal da Bahia( UFBA).

"Não é que as rede social aumentou o sofrimento mental das pessoas, mas sim a  maneira como as pessoas estão utilizando as redes sociais têm influenciado no comportamento e nas emoções das pessoas",afirma  a psiquiatra.

Segunda a médica,"a tecnologia em si, não tem culpa dos nossos processos,mas a maneira que a gente utiliza o tempo  no dia á dia,tem repercutido  e desenvolvido transtornos mentais, principalmente neste período de pandemia que estamos mais vinculados aos processos  tecnológicos para estabelecer contatos para trabalhar,estudar e pesquisar ,"explica Laura.

"A geração mais jovem acabou encontrando na tecnologia um espaço para trocar suas experiências, e acaba vivenciando muito o mundo virtual,que tem um lado bom,mas que também é onde eles encontram muitos suportes para pensamentos ruins e negativos", revela.

"Não interagem mais pessoalmente uma com as outras pessoas, isso acaba gerando um sofrimento mental, porque  nós somos seres sociais,não apenas virtuais, precisamos  do encontro, isso aciona essa troca, que acaba gerando esse adoecimento, uma situação de fragilidade do contato",Relata Cordeiro. 

Segundo a especialista, o número de  casos de doenças cresceram,"nós observamos de neste período  o índice de adoecimento mental entre crianças e  adolescentes têm aumentado". Ressalta.

"Eu trabalho no serviço público,vejo o quanto aumentou a demanda dos serviços em crianças e principalmente adolescentes com sofrimento mental.", destaca.

  Principais doenças  identificadas

Para Dr Régia, as principais doenças identificadas são, mudanças de humor,transtornos de ansiedade, alterações  no comportamento,sonolência, irritabilidade  isolamento e dificuldade de alimentação.

"Muitos jovens chegam  ter pensamentos suicidas e mutilação que é quando a dor e o sofrimento já tem um tempo, eles não conseguem enxergar uma saída, e para diminuir a ansiedade eles  acabam vendo a tentativa de morte ou a mutilação  como um reconhecimento de alívio", Ressalta.

Diagnóstico

"Temos que cuidar do sofrimento da pessoa no primeiro momento,identificar que está trazendo sofrimento ao indivíduo,a partir do instante que a gente encontra essa criança, observa -se  o sofrimento mental, associado com as emoções, organizações do pensamentos e damos início ao tratamento.", disse a doutora.

De acordo com a pediatra,as crianças melhoram mais rápido dentro do contexto familiar,com psicoterapia,sem o uso de mendicamentos ", destaca. 

Para evitar o adoecimento a médica indica algumas alternativas 

"Estamos precisando  de começar a pensar em ter um pouco de gentileza com nós mesmos e com as pessoas  que convivemos",orienta

" O importante não é ter o tempo todo para os filhos, mas ter um tempo de qualidade". indica.

Conversar o filho, contar como foi o dia,entender o universo daquela criança ou adolescente.

A pediatra  recomenda  promover  momentos agradáveis em família "uma massagem no pé do filho para  dormir influencia e  melhora a qualidade de vida", sugere.

 "Estar juntos dos filhos e realmente presentes, muitas vezes está horas com os eles,mas envolvidos com outras coisas ou  irritados com os comportamentos",orienta. 

"Acessar as redes sociais junto com os filhos é uma das dicas para uma boa qualidade de vida".Concluiu a médica psiquiatra Laura Cordeiro.

 

Reportagem Ana Meire Dias 

 

Foto Arquivo pessoal

 

 

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