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Vitória é o campeão baiano 2024

Publicada em: 08/04/2024 06:50 - Esporte

 


No mundo animal, apenas o leão é considerado rei. Na Arena Fonte Nova, a força do predador calou a revolução dos bichos na tentativa de inverter a dominância da natureza. Mesmo sem a presença da torcida, o Leão empatou em 1x1 com o Bahia neste domingo  e levantou o trófeu do Campeonato Baiano pela 30ª vez, após sete anos de jejum. A glória deste 7 de abril de 2024 ficou por conta dos pés de Wagner Leonardo, autor do gol vermelho e preto. Everton Ribeiro empatou para o rival.
Na grande final, a vantagem do primeiro embate entre as duas equipes surtiu efeito para o Vitoria, que conseguiu segurar o resultado e sair da Fonte Nova com mais um título após vencer no Barradão por 3x2. Os times desempenharam um grande clássico, com oportunidades claras em todo os 90 minutos. No entanto, a torcida que terminou o domingo comemorando foi a do time que cumpriu melhor a estratégia em campo.
O JOGO
Dentro de seus domínios, o técnico Rogério Ceni promoveu uma mudança no time titular em relação ao último Ba-Vi. Enquanto Luciano Juba começou o confronto no banco de reservas, Biel foi o escolhido para ocupar o lado esquerdo do ataque. Do outro lado, o comandante Léo Condé manteve os mesmos 11 jogadores.
O Bahia começou tentando acabar com a vantagem do Vitória, subindo as linhas e forçando pelas laterais do campo, já que o rubro-negro congestionou o meio com três volantes. Inclusive, o time de Léo Condé iniciou a partida baixando o bloco e apostando nas transições ofensivas. Montado o xadrez dos treinadores, quem iniciou a ofensiva foi o Bahia. Logo aos 3 minutos, Arias achou um passe infiltrando para Thaciano, que devolveu para Biel finalizar e Lucas Arcanjo fazer a primeira defesa do confronto.
Como três volantes e apenas um ponta não é sinônimo de retranca, o visitante mostrou reação. A partir de um escanteio para o Bahia, Osvaldo recebeu em profundidade pela esquerda e teve que ser parado com falta por Jean Lucas. Desse lance, iniciou-se uma sequência de escanteios para os visitantes, que cresceram no jogo.
Após escanteio cobrado por Matheusinho aos 14 minutos, a bola sobrou para PK na esquerda, que tirou da marcação e cruzou para a área. Na rebatida da zaga para a entrada da área, Alerrandro pegou a sobra e chutou forte para a defesa de Marcos Felipe. No entanto, o rebote sobrou nos pés de um herói improvável. O zagueiro Wagner Leonardo era quem estava posicionado para colocar a bola no fundo das redes e fazer o 1x0.
Cenário completamente favorável ao rubro-negro, que agora tinha dois gols de vantagem em relação ao rival. Do lado tricolor, o baque no não foi suficiente para desestabilizar a equipe. O Bahia aproveitou a transição rápida com um lançamento de Marcos Felipe para Biel, que tabelou com Jean Lucas e cruzou para Everton Ribeiro limpar a marcação e colocar a bola no ângulo, empatando a partida e inflamando os torcedores presentes na Fonte Nova: 1x1.
Aos 30 minutos, o VAR chamou o árbitro para um lance onde Rezende derrubou Osvaldo na frente da área. Como o atacante ficaria de cara para o gol, Emerson Ricardo decidiu pela expulsão do camisa 5 do Bahia. Com um a menos, Rogério Ceni precisou recalcular a rota da equipe, colocando Juba no lugar de Biel.
Mais confortável na partida, o Vitória continuou aproveitando os espaços deixados pelo rival e viu a equipe mandante recuar as linhas, o que permitiu ter mais cautela na construção das jogadas. No intervalo, os dois times voltaram sem mudanças. Nem Rogério Ceni e nem Léo Condé acharam que alterações seriam efetivas para a etapa final do jogo.
Aos 10 minutos, hora de mudança. Não só Iury Castilho entrou em campo no lugar de Dudu, mas a plataforma da equipe sofreu alterações. Agora o Leão teria dois pontas para ampliar o leque de opções ofensivas.
Por outro lado, a substituição ofereceu mais espaço para Everton Ribeiro ‘flutuar’. Inclusive, quem achou que a inferioridade numérica fosse acabar com o ânimo do Bahia, se enganou. Contando com o apoio da torcida, o mandante não deixou nem o ritmo e nem a garra diminuírem.
O resto do jogo se manteve mais truncado e estudado entre as duas equipes. Substituições foram feitas, dinâmicas foram modificadas, mas a qualidade da partida não caiu. Muitas chances criadas pelo Vitória, mas nenhuma delas se traduziu em gol. Ao final dos 51 minutos, quando o árbitro apitou o fim, somente os rubro-negros puderam comemorar a glória do 30º título estadual.

 

 Crédito: Victor Ferreira/EC Vitória

 

Fonte A Tarde

 

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