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Acusada de matar adolescente é condenada a 24 anos de prisão em Salvador

Publicada em: 02/05/2024 06:32 - Bahia

 

 

 

A mulher acusada de matar a adolescente Cristal Rodrigues Pacheco, em Salvador, foi condenada a 24 anos de prisão em regime fechado. O latrocínio ocorreu em agosto de 2022, quando a jovem de 15 anos caminhava até a escola.

Ela, a mãe a irmã mais nova foram vítimas de um assalto no bairro do Campo Grande, no centro da capital baiana. Durante a ação criminosa, a adolescente foi baleada no peito e não sobreviveu aos ferimentos. Cristal morreu no local.

Com isso, a Justiça condenou Andréia Santos de Carvalho, acusada de ter efetuado o tiro que matou a menina. A TV Bahia entrou em contato com a defesa da mulher, que confirmou o plano de entrar com recurso contra a decisão.

Condenação de comparsa

No ano passado, Gilmara Daiam de Sousa Brito, acusada de envolvimento no latrocínio contra Cristal, também foi condenada a 24 anos de prisão em regime fechado. A informação foi confirmada pela Defensoria Pública da Bahia (DPE-BA).

Mulher é condenada a 24 anos de prisão por envolvimento no latrocínio da estudante Cristal Pacheco

O DPE-BA informou que entrou com um recurso após a sentença, conforme preveem os "princípios constitucionais e legais do processo, da ampla defesa e do duplo grau de jurisdição".

Relembre o caso

A adolescente de 15 anos estava com a mãe e a irmã mais nova em frente ao Palácio da Aclamação, próximo ao bairro Campo Grande, quando foi baleada no peito durante um assalto em que a família não reagiu.

Cristal foi atingida enquanto a mãe, Sandra Rodrigues, entregava o celular e outros pertences, como a aliança do casamento, às autoras do crime. Após a prisão, a própria Andréia confessou à polícia ter feito o disparo.

Ela e Gilmara foram denunciadas pelo Ministério Público da Bahia por latrocínio em agosto do último ano, mesmo período em que a Justiça as tornou rés.

Dependência química das acusadas

A família de Gilmara Daiam e a defesa de Andréia alegaram que as duas são dependentes químicas. Na época do ocorrido, a própria mãe de Gilmara a denunciou à polícia, porque "decidiu que a filha deveria pagar pelo crime".

Na ocasião da morte de Cristal, ela informou que a mulher era usuária de drogas e costumava roubar celulares utilizando faca, na localidade em que o latrocínio foi cometido. As acusadas foram detidas em flagrante e tiveram prisão convertida para preventiva em audiência de custódia.

Em reportagem do g1 que marcava um ano sobre o caso, o advogado de Andréia, Elmar Vieira, deu detalhes sobre o andamento do processo.

Três meses após o crime, Elmar entrou com o chamado "processo de incidente de instauração de sanidade mental", que é um recurso da defesa para que o acusado seja considerado inimputável, ou seja, não tinha capacidade de entendimento do que cometeu.

Quando foi presa, Andréia confessou ter atirado em Cristal, mas disse que o disparo foi acidental. Ainda na época, a defesa já havia sustentado à polícia que, quando atirou na adolescente, a acusada estava em "abstinência da droga" e "fora de si".

 

 Foto: g1/Arquivo pessoal

Fonte G1

 

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